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Pequinês Social Club

sábado, 10 de dezembro de 2011

O Vazamento e o Síndico.


9 de Dezembro- Sexta Feira  -14h06.

Estava eu no colégio pensado que as coisas estão mais traquilas no trabalho e na vida pessoal. Pesquisava sobre os lugares que eu irei conhecer nas férias. Enfim, um final de semana sossegado a espera do 4º Pequinês Social Club.



O celular toca.
Número desconhecido.
Atendo.


Fato indiscutível. Odeio número desconhecido no celular. Nunca é coisa boa. 99% das vezes é:
Telemarketing;
Novo número de telefone do Chefe;
Parente chato pedindo hospedagem para estragar meu relaxante final de semana, tirando a Dona Ana, minha mãe, é claro;
Engano, onde a pessoa insiste em dizer que você é aquela pessoa que ela ligou. Chegando, às vezes, a dar uma crise de identidade de tão incisivo e confiante que o enganado afirma que você não é você e sim a tal pessoa.
Ou o porteiro do seu prédio...

O PORTEIRO

-Mauricio venha para sua casa urgente que um cano estourou.

Rapidamente pergunto:

-E os meus cachorros.

E ouço:

-Não vi, só fechei o registro.

O porteiro desliga o telefone.


Sabe aquelas horas que você fica imóvel. Senti-me um tatu bola enrolando em pânico.



 Fato indiscutível II. A vida é mutante. Em um momento você pode estar muito feliz e relaxado, mas um telefonema do porteiro pode levá-lo para debaixo d’água pesando que seus cachorro foram ralo abaixo.

Sai em disparada para casa. Acho que em 10 min. estava passando pelo portão do prédio.

Fiquei um pouco aliviado, pois o elevador estava funcionado. Pelo menos a água do apartamento não tinha vazado paralisando o elevador.

Saindo do elevador outro alívio. A água não tinha entrado nos apartamentos vizinhos.


Os Pekes não saiam da minha cabeça. O que teria acontecido com eles...

Eles não latiram como de hábito quando eu chego ao corredor.

O que teria acontecido?


Abro a porta.

A visão que eu tive foi muito surreal, parecia saída de um quadro de Salvador Dali.  Não sabia se chorava ou ria.


Dodi e Ramon indignadíssimos.  

Pareciam dizer:
Olha como está meu pelo!

Em silêncio com uma cara de desabrigados. Praticamente na ponta das patas com cara de nojo.

Eu ri, mas ri muito.

Não estava nem ai com o meu sofá novo ou minha cama Box. Meus pekes estavam bem.



Passou o riso. Lembrei do meu sofá novo e minha cama Box.

Nesta hora chegou o Seu Oliveira. Senhor muito distinto que faz parte da administração do condomínio. Ele me ajudou a arrumar o cano estourado e a tirar a água.

Água... Muita água. Parecia que o Lago Ness estava em meu apartamento com a mutação e divisão do mostro em dois monstrinhos.

Enfim, tiramos a maioria da água com o rodo.

Durante este tempo coloquei Dodi e Ramon em duas cadeiras. Que naquele momento parecia mais um trono. Permaneceram imóveis e em silêncio durante a limpeza do seu castelo pelos vassalos.

Nestas horas que vemos uma parte da nobreza dos pequineses, a parte arrogante. Sentem- se acima do bem e do mal. A única coisa que os incomodava era o seu pelo molhado. Nem sentiram a presença do Seu Oliveira no seu território.
Talvez herança genética dos tempos da Corte Chinesa ou inglesa ...
Sei lá!

Encerrada a parte do rodo Seu Oliveira me deixou sozinho.

Agora éramos eu e os dois.

Peguei umas tolhas velhas, que Deus não me deixou jogar fora no dia anterior, e comecei a secar o apartamento.


Ambos começaram à latir para descer.
Estranhei.
Os desci.
Adivinhe!?

Correram para as toalhas para que eu os secasse. Sério!

Acho que a classificação de Stanley Coren que deixou o pequinês em 73º lugar não soube avaliar o tipo de inteligência do pequinês. Pensando bem, este teste foi feito para cachorro e não para  pequinês.

Enfim, o apartamento foi seco os pekes também. Dormi no sofá, pois a cama ficou suspensa para escorrer a água. E a vida continua.

Mas não posso deixar de contar outra história que está no meio desta.

Quando eu estava tirando a água com o rodo o sindico veio até a porta.

O SINDICO.

O novo síndico está no prédio em substituição a antiga sindica que é moradora do apartamento abaixo do meu. Ela era uma senhora muito implicante, como toda síndica, mas nunca reclamou dos meus cachorros. Até chegou a me elogiar que eles não faziam barulho apesar de serem dois.
Já o novo síndico, que segundo circular enviada a cada morador, esta sobe suspeita de irregularidades, chegou em meu apartamento e disse:

- Tudo isto aconteceu por causa dos seus cachorros que  morderam o cano e pelas torneiras que o  senhor deixou abertas.

Eu, com o rodo na mão, pensei:

- Meus cachorros não mordem metal. Não deixei nenhuma torneira aberta. E qual a ligação de uma torneira aberta com um cano estourado?

Olhei para ele e mudei de assunto:

- Obrigado por ter ligado para me avisar sobre o acidente.

Ele responde:

-Não fui eu quem mandou ligar. Agradeça ao porteiro.
Virou as costas e saiu.

Tomara que eu consiga expressar de forma clara os meus pensamentos nesta postagem.

Continuando com o rodo pergunto ao Seu Oliveira sobre os meus cachorros morderem o cano e sobre a torneira aberta.

Ele respondeu claramente que não tinha nada, absolutamente nada, de verdade no que o síndico tinha falado.

 Apartamento seco, fui para o meu outro trabalho da noite.

Saindo do prédio fui agradecer ao porteiro que havia me ligado. Neste momento chega o síndico e fica ouvindo minha conversa.

Falei:

- Vou pedir para o Seu Oliveira arrumar o registro do meu banheiro que está com problemas. Eu estava tão atordoado com a inundação que nem lembrei que ele mesmo poderia fazer este trabalho.

O síndico.
 Preste atenção na ignorância.
Emite o seguinte som:
- Daaaaaaannnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
- Daannnnnnnnnnnn

Foi este o som que ele fez para interromper a conversa civilizada que eu estava tendo com o porteiro.
Dan!

Dei uma olhada para ele que praticamente o fiz engolir todas as sílabas de seu Dan prolongado e.. Sai.

 Hoje, sábado pela manhã, no elevador existia um longo informativo reclamando a respeito dos latidos dos meus cachorros.  O informativo era muito longo. Parecia uma ata da reunião da ONU.


No caminho do trabalho fiquei a pesar o que poderia ter acontecido para o sindico ter esta reação comigo.

Ele não tem motivo, pois eu não paro em casa, não dou festas, praticamente não recebo ninguém em casa, pago rigorosamente meu condômino em dia. E até então ninguém tinha reclamado dos meus cachorros.

A única coisa que me recordo foi o seguinte.

Existe uma mulher por volta de uns 45 anos que seguidamente a encontro no elevador. Ela sempre faz as mesmas perguntas.

- Você que tem cachorro?
- Sim. Sou eu que tenho.
-Mas você tem um ou dois?
-Tenho dois.
- Porque você tem dois cachorros?
- Para um fazer companhia para o outro.
- Mas você não acha o apartamento muito pequeno?
-Acho. Mas comparativamente e proporcionalmente para eles é imenso.
-Onde eles estão agora?
- E eu calmamente respondo:
- Lá no meu apartamento.

Obs.:  Ela já me fez esta pergunta mais de 5 vezes.

Vamos aos fatos.

Chego irritado em casa em uma sexta-feira, depois de 14 h de trabalho e encontro a diga mulher indo em direção a porta do meu prédio.  Resolvo esperar para não subir junto com ela no elevador.

Foi inútil. Completamente inútil. Ela me esperou. E pior de tudo: sorridente.

Entrei no elevador.
Ela respira.
Olha para mim.
Abre a boca e...

Eu falo curto e grosso:
-Sou eu que tenho dois cachorros, que fazem companhia um para o outro em um apartamento que comparativamente e proporcionalmente para eles é imenso. E agora eles estão me esperando no apartamento.
Mais alguma dúvida?

Ela levou um choque.

Procurou um novo assunto.
Detalhe, nunca o elevador demorou tanto para chegar no 8º andar.


- Você vai na reunião do condomínio amanhã?
- Não. Infelizmente não vou, pois trabalho sábado à tarde.
A mulher chata:
-Deveria ir. Você leu a carta que eu deixei na porta de todos os apartamentos falando sobre o  síndico ladrão.

-Li. Mas infelizmente não poderei ir por causa do trabalho.

O olhar dela era de ódio. Acho nunca ninguém consegui irritar tanto uma pessoa como eu em apenas 8 andares.

Esta postagem esta muito longa. Acho que vou dividir em duas.
Mas se você chegou até aqui falta pouco para a minha conclusão final.

Falei tudo isto para dizer o que eu acho.

Acho que a briga foi feia na reunião do condomínio. Não conseguiram resolver e descobrir nada sobre as denúncias. Estão usaram meus cachorros para mudar de assunto.
Como um bode expiratório.

Tadinhos dos meus monstrinhos do Lago Ness.
Diga-me uma coisa, como é a sua relação com o seu Síndico?

4 comentários:

  1. Essa foto do Dodi e do Ramon ficou surreal, eles são muito intelegentes mesmo, se fosse aqui em casa tenho quase certeza que encontraria o Saymon brincando na agua esse parece um Labrador não pode ver agua que esta se molhando.

    A postagem ficou ótima, e um otimo encontro do Pequines Social Club...
    bjs

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  2. Adorei a forma como escreveu. Algumas vezes ri muito mas qdo lembrei do teu sufoco...ri também.... Ainda bem que o tempo estava a meu favor, choveu muito para eu não ter que enfrentar esse caos. bjs
    Sua mãe.

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  3. É disso que eu gosto no blog, histórias do dia a dia. É prazeroso como ler um bom livro. Mal vejo a hora de ler a segunda parte!

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  4. So imagino o seu sufoco e o aperto no coracao ate ter certeza que os bebes estavam bem, ja passei por apuros assim, parecia q eu nem respirava , nao ouvia so queria ter certeza q meus cachorros estavam bem. Mas o restante foi comico a sua historia kkkkkk e o sindico e a fofoqueira q achem outra coisa pra brigarem e nao usem os pobres cachorros q nao fazem nada de mal a ninguem...abracos
    Jackie

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